Um laudo médico realizado a pedido do ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), aponta que o deputado licenciado José Genoino (PT-SP) não precisa de prisão domiciliar. Uma equipe de cardiologistas da Universidade de Brasília (UnB) avaliou o estado de saúde do político durante o último fim de semana e concluiu que a cardiopatia diagnosticada não se caracteriza como grave, permitindo que ele retorne ao Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal.
O resultado será analisado por Barbosa, que ainda vai decidir se o petista terá direito a prisão domiciliar. O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), admitiu nesta terça-feira (26) que a Casa, sem a autorização do STF, enviou médicos para produzirem um laudo paralelo com o intuito de conceder uma aposentadoria por invalidez ao parlamentar.
Genoino tem histórico de problemas cardíacos e, em julho deste ano, passou por cirurgia de dissecação na aorta. No mês seguinte, por causa de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), o petista entrou com um pedido de aposentadoria por invalidez na Câmara dos Deputados.

Segundo médicos, condição do deputado não impossibilita que ele cumpra a pena na cadeia
Foto: Reprodução/ Agência Brasil
Foto: Reprodução/ Agência Brasil
“Passado o período crítico pós-operatório, naturalmente que se faz necessário seguimento ambulatorial periódico pós-cirúrgico de pouca frequência anual para a verificação evolutiva do quadro clínico-cirúrgico, como de hábito, não sendo imprescindível, para tanto, a permanência domiciliar fixa do paciente acometido”, afirma o laudo feito pelos médicos da UnB.
Cinco cardiologistas analisaram o estado de saúde de Genoino e as conclusões foram unânimes. Os especialista ainda afirmam que, apesar de não existir a necessidade de adoção da prisão domiciliar, deve existir um acompanhamento da pressão arterial do deputado, além de uma dieta balanceada e restrições de atividades físicas pesadas.
José Genoino era presidente do PT quando veio à tona o escândalo do mensalão, em que membros do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram acusados de comprar apoio político no Congresso Nacional para aprovação de matérias de interesse do Palácio do Planalto.
O então ministro da Casa Civil, José Dirceu, foi apontado como principal articulador do esquema, que tinha o publicitário Marcos Valério como operador financeiro e pessoas ligadas aos bancos BMG e Rural como intermediários. Vinte e cinco réus foram condenados no processo: 11 já estão presos e um está foragido.
Fonte: BHAZ
Nenhum comentário:
Postar um comentário